Planejamento Empresarial

Planejamento Estratégico Situacional (PES): guia completo

Planejamento Estratégico Situacional

O Planejamento Estratégico Situacional (PES) é uma metodologia que permite construir cenários futuros de maneira mais dinâmica e flexível, o que o torna ideal para contextos marcados por mudanças constantes e que exigem ajustes rápidos. 

Diferente do modelo tradicional, o PES surgiu como uma resposta às limitações dos planos fixos e pouco adaptáveis. Isso porque ele propõe uma abordagem mais prática, contínua e conectada à realidade, capaz de lidar com problemas complexos e com as constantes transformações do ambiente. 

Originalmente criado para aplicação no setor público, empresas privadas também passaram a adotar esse tipo de planejamento que busca decisões estratégicas mais alinhadas à realidade do momento. 

Para saber mais sobre o Planejamento Estratégico Situacional, sua diferença para o modelo tradicional, suas características e etapas, continue a leitura! 

Índice – Neste artigo, você confere: 

  1. O que é Planejamento Estratégico Situacional? 
  1. Diferença entre planejamento estratégico e planejamento situacional 
  1. Quais as variáveis de um planejamento estratégico situacional? 
  1. Quais são as 4 etapas do PES? 
  1. Colocando o PES em prática 

O que é Planejamento Estratégico Situacional? 

O Planejamento Estratégico Situacional (PES) é uma metodologia voltada para a construção e implementação de estratégias com base na análise de situações concretas. 

Seu objetivo é identificar problemas reais, suas causas e, a partir disso, propor ações para que as equipes ajustem ao longo do tempo, conforme a evolução do cenário. 

Portanto, trata-se de um modelo flexível e dinâmico, pois reconhece que a realidade é mutável e, por isso, é preciso se preparar para incorporar novas informações, redirecionar decisões e revisar caminhos traçados anteriormente. 

Assim, o PES permite um alinhamento mais preciso entre as estratégias adotadas e as demandas específicas de cada contexto. 

Dessa forma, o enfoque situacional busca identificar as necessidades e demandas do momento, delineando ações e decisões voltadas à resolução dos problemas identificados. Ao mesmo tempo, ele se mantém aberto para novas soluções que podem surgir ao longo do processo, tornando o planejamento dinâmico, adaptável e alinhado à realidade atual. 

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Diferença entre planejamento estratégico e planejamento situacional 

A seguir, você confere as três das principais diferenças entre essas duas abordagens de planejamento.

Estático x contínuo 

O planejamento tradicional é mais rígido, com pouca margem para mudanças ao longo da execução. Ele prioriza a previsibilidade e evita alterações que não tenham sido previstas desde o início. 

Por outro lado, o Planejamento Estratégico Situacional (PES) considera as mudanças de cenário como algo natural. Ele utiliza essas variações para ajustar decisões e encontrar soluções mais objetivas, alinhadas a fatores que muitas vezes fogem do controle das gestões. 

Dados atuais 

No modelo tradicional, a projeção do futuro costuma se basear na análise do histórico da empresa. 

Contudo, o PES parte da análise do momento atual, tornando o planejamento mais realista, concreto e aderente à situação da organização. 

Planejamento e atuação unificados 

Por fim, enquanto o planejamento estratégico tradicional costuma separar os responsáveis por planejar daqueles que executam as ações, o PES propõe uma lógica diferente, pois quem participa do planejamento também está envolvido na execução, o que torna o processo mais integrado. 

Portanto, o planejamento se transforma em um processo coletivo, em que se define objetivos e atua de forma conjunta para alcançá-los. 

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Quais as variáveis de um planejamento estratégico situacional? 

Durante o desenvolvimento do Planejamento Estratégico Situacional (PES), foram consideradas duas categorias principais de variáveis: controláveis e não controláveis. Abaixo, você confere suas especificidades: 

Controláveis 

Os controláveis são elementos internos em que o ator do planejamento coloca em prática seu poder de decisão e influência direta. 

Envolvem decisões relacionadas a produtos ou serviços, precificação, ações promocionais, canais de distribuição e demais fatores que podem ser ajustados conforme a estratégia adotada. 

Não controláveis 

Por outro lado, os não controláveis são aquelas que fogem do controle da gestão. Dentro desse grupo, podemos classificá-las em três tipos:

  • Invariantes: fogem do controle empresarial, mas podem ser previstas, como é o caso do comportamento do mercado financeiro, que segue padrões e ciclos já conhecidos em determinados períodos ou cenários. 
  • Variantes: são imprevisíveis e fogem do controle da empresa, como a atuação da concorrência e sua interferência no cenário competitivo.
  • Surpresas: por fim, representam eventos inesperados e repentinos, como crises sanitárias e desastres naturais. Essas variáveis impactam diretamente os objetivos do planejamento, o que exige a reestruturação. 

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Quais são as 4 etapas do PES? 

Para aplicar o Planejamento Estratégico Situacional (PES), é necessário percorrer quatro etapas fundamentais. Eles representam um processo contínuo, cada uma com uma função específica, mas que conversam entre si. 

Veja como funciona cada uma delas: 

1. Momento explicativo: qual é o problema? 

Na etapa inicial, o responsável pelo planejamento analisa a situação real e identifica os problemas que precisam ser enfrentados. Contudo, além dos indicadores, é preciso ter dados concretos, indicadores e evidências em mãos. 

Portanto, toda a avaliação extraída irá possibilitar o entendimento das causas das dificuldades enfrentadas pela empresa e seu impacto nos resultados.

2. Momento normativo: onde quero chegar? 

Já na segunda etapa, é definido a situação desejada, em que tudo ocorre como o planejado. Com base em objetivos e metas alinhadas a realidade financeira, é construída uma visão de futuro, embasando as decisões que virão daqui em diante. 

3. Momento estratégico: como superar os obstáculos? 

Por outro lado, na terceira etapa, possíveis adversidades, limitações e riscos passam por análise. Portanto, o objetivo dessa fase é encontrar formas eficazes de lidar com desafios, ajustando o plano conforme o tempo passa, de acordo com as movimentações e incertezas. 

4. Momento tático-operacional: como colocar o plano em ação? 

Por fim, na fase da implementação, o PES implementa o planejamento e começa a monitorar constantemente seu desempenho, com possibilidade de ajustes necessários ao longo do caminho. 

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Colocando o PES em prática 

Depois de passar pelas quatro etapas do Planejamento Estratégico Situacional, é hora de tirá-lo do papel! Aqui, o PES permite reavaliar os rumos do negócio, ajustando estratégias de acordo com as movimentações do mercado. 

Contudo, para o sucesso desse tipo e planejamento, é preciso contar com ferramentas que tragam informações em tempo real, de qualidade e seguras para as análises e tomadas de decisão. 

O AllStrategy Plano é uma plataforma desenvolvida para a área de controladoria, que inclui um módulo exclusivo de planejamento estratégico, ideal para apoiar a implementação do PES de forma prática, integrada e escalável. 

Com a plataforma, sua empresa pode: 

  • Consolidar dados e indicadores estratégicos em um único ambiente, facilitando a análise situacional; 
  • Estabelecer metas e ações com clareza, acompanhando cada etapa do planejamento com precisão; 
  • Simular cenários e avaliar impactos em tempo real, permitindo decisões mais assertivas; 
  • Integrar áreas e equipes, promovendo um planejamento mais colaborativo e orientado à execução; 
  • Acompanhar o desempenho das estratégias por meio de painéis e relatórios atualizados. 

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