Gestão Empresarial, Gestão Financeira

Normas IFRS S1 e IFRS S2: saiba o que são e seu impacto

Mulher com camisa amarela interagindo com com um tablet em mãos,

As normas IFRS S1 e IFRS S2 surgiram em um cenário corporativo marcado por transformações significativas em transparência, governança e sustentabilidade.

Compreender essas normas é vital para fortalecer a confiança de investidores e stakeholders, assim como melhorar o posicionamento estratégico da empresa diante da agenda ESG (Environmental, social and governance). 

Neste artigo, vamos apresentar ambas as normas e porque elas são importantes para as empresas. Continue a leitura! 

Índice – Neste artigo, você confere: 

  1. O que são as normas IFRS S1 e IFRS S2? 
  1. Qual o objetivo das normas IFRS S1 e IFRS S2 foram desenvolvidas? 
  1. Requisitos e diretrizes das normas 
  1. Os impactos da IFRS 1 e IFRS 2 no Brasil 
  1. Quem precisa adotar as normas? 
  1. Prazos e exigências 
  1. A tecnologia como aliada: como as soluções AllStrategy podem ajudar sua empresa nesse processo 

O que são as normas IFRS S1 e IFRS S2? 

As normas IFRS S1 e IFRS S2 foram publicadas pelo conselho International Sustainability Standards Board (ISSB), vinculado à International Financial Reporting Standards (IFRS). 

O objetivo é padronizar a forma como as empresas divulgam informações relacionadas à sustentabilidade e ao clima, criando relatórios comparáveis, consistentes e transparentes. 

A IFRS S1 apresenta os requisitos gerais para a divulgação de informações de sustentabilidade. A norma orienta as empresas a mostrarem de forma clara como fatores ambientais, sociais e de governança influenciam sua performance e seu valor no curto, médio e longo prazo. 

Enquanto isso, a IFRS S2 foca exclusivamente em divulgações relacionadas ao clima. Ela orienta empresas a reportarem riscos e oportunidades climáticas, seguindo a estrutura do TCFD (Task Force on Climate-related Financial Disclosures).  

Qual o objetivo das normas IFRS S1 e IFRS S2? 

Nos últimos anos, a demanda global por transparência corporativa cresceu de forma expressiva e se consolidou como um critério essencial para investidores e stakeholders. 

Dessa forma, tornou-se imprescindível padronizar as informações de sustentabilidade, principalmente devido ao aumento das práticas que se referem ao desempenho e análise de questões relacionadas ao âmbito ambiental, social e de governança, conhecidas como a pauta ESG. 

Antes das normas, as informações eram divulgadas de maneira fragmentada, sem consistência ou padronização. Havia certa dificuldade na análise e comparação dos dados entre as organizações, o que facilitava o aumento de greenwashing dentro das empresas. 

Portanto, as IFRS S1 e IFRS S2 surgiram para solucionar esse cenário e estabelecer um padrão internacional confiável, capaz de fortalecer o mercado de capitais e apoiar decisões de investimento. 

Leia também: O que considerar ao planejar o crescimento da empresa com investimentos? 

Requisitos e diretrizes das normas IFRS S1 e IFRS S2 

A IFRS S1 determina que as empresas divulguem informações materiais relacionadas à sustentabilidade, integrando esses dados aos relatórios financeiros. Ou seja, não se trata de um relatório isolado, mas de um conteúdo complementar às demonstrações financeirass. 

Para atender a IFRS S1, as empresas devem divulgar dados como: 

  • Processos de governança adotados para gerir riscos e oportunidades. 
  • Estratégias de gerenciamento de riscos e oportunidades. 
  • Processos utilizados para analisar, avaliar, priorizar e monitorar riscos e oportunidades. 
  • Desempenho da empresa diante desses fatores. 

A IFRS S2 segue a mesma estrutura, porém com foco específico no clima. Assim, a empresa deve apresentar informações sobre riscos e oportunidades climáticas vinculadas à sua estratégia, operações e projeções. 

Dessa forma, as normas reforçam a necessidade de processos internos robustos, dados consistentes e integração entre áreas financeiras, de sustentabilidade e governança. 

Os impactos das IFRS S1 e IFRS S2 no Brasil 

A adoção das normas representa uma mudança estratégica para empresas de diferentes segmentos no Brasil. Isso porque fortalecem a governança corporativa, aumentam a credibilidade no mercado e ampliam a confiança de investidores e stakeholders. 

Como o Brasil está cada vez mais conectado ao ecossistema internacional de investidores, que já exige informações ESG detalhadas, estar alinhado às IFRS S1 e IFRS S2 se torna não apenas uma questão regulatória, mas também um diferencial competitivo. 

Leia também: O que as métricas ESG têm a ver com o orçamento empresarial? 

Quem precisa adotar as normas IFRS S1 e IFRS S2? 

A partir de 1º de janeiro de 2026, a adoção das normas será obrigatória para companhias abertas. Contudo, mesmo organizações de médio porte devem considerar a adequação, já que a pressão de investidores, consumidores e parceiros tende a aumentar. 

Prazos e exigências para as empresas brasileiras 

As companhias abertas que ainda não adotaram voluntariamente as normas IFRS S1 e IFRS S2 precisam iniciar seus processos de adaptação, que inclui: 

  • Revisão da governança corporativa para incluir questões climáticas. 
  • Investimento em tecnologia e sistemas de mensuração de dados ESG. 
  • Treinamento de equipes financeiras e de sustentabilidade para atender aos novos padrões. 
  • Criação de políticas internas que integrem riscos climáticos à estratégia do negócio. 

Como vimos, a obrigatoriedade começa em 2026. Assim, os primeiros relatórios completos baseados nas normas serão divulgados em 2027. 

A tecnologia como aliada: como as soluções AllStrategy podem ajudar sua empresa nesse processo 

Como apoio à adequação às normas IFRS S1 e IFRS S2, plataformas como o AllStrategy Plano e o AllStrategy Fluxo fortalecem a governança, a rastreabilidade e a confiabilidade dos dados financeiros. 

O AllStrategy Plano contribui ao centralizar premissas, cenários e análises de riscos, permitindo que as áreas financeiras e de controladoria integrem informações estratégicas com consistência. 

Por outro lado, o AllStrategy Fluxo reforça a precisão dos dados de tesouraria, oferecendo integração bancária, conciliação automática e relatórios auditáveis, fundamentais para a transparência exigida pelas novas normas. 

Assim, as empresas ganham mais segurança e eficiência para atender aos requisitos de sustentabilidade, clima e governança definidos pelo ISSB.