As normas IFRS S1 e IFRS S2 surgiram em um cenário corporativo marcado por transformações significativas em transparência, governança e sustentabilidade.
Compreender essas normas é vital para fortalecer a confiança de investidores e stakeholders, assim como melhorar o posicionamento estratégico da empresa diante da agenda ESG (Environmental, social and governance).
Neste artigo, vamos apresentar ambas as normas e porque elas são importantes para as empresas. Continue a leitura!
Índice – Neste artigo, você confere:
O que são as normas IFRS S1 e IFRS S2?
As normas IFRS S1 e IFRS S2 foram publicadas pelo conselho International Sustainability Standards Board (ISSB), vinculado à International Financial Reporting Standards (IFRS).
O objetivo é padronizar a forma como as empresas divulgam informações relacionadas à sustentabilidade e ao clima, criando relatórios comparáveis, consistentes e transparentes.
A IFRS S1 apresenta os requisitos gerais para a divulgação de informações de sustentabilidade. A norma orienta as empresas a mostrarem de forma clara como fatores ambientais, sociais e de governança influenciam sua performance e seu valor no curto, médio e longo prazo.
Enquanto isso, a IFRS S2 foca exclusivamente em divulgações relacionadas ao clima. Ela orienta empresas a reportarem riscos e oportunidades climáticas, seguindo a estrutura do TCFD (Task Force on Climate-related Financial Disclosures).
Qual o objetivo das normas IFRS S1 e IFRS S2?
Nos últimos anos, a demanda global por transparência corporativa cresceu de forma expressiva e se consolidou como um critério essencial para investidores e stakeholders.
Dessa forma, tornou-se imprescindível padronizar as informações de sustentabilidade, principalmente devido ao aumento das práticas que se referem ao desempenho e análise de questões relacionadas ao âmbito ambiental, social e de governança, conhecidas como a pauta ESG.
Antes das normas, as informações eram divulgadas de maneira fragmentada, sem consistência ou padronização. Havia certa dificuldade na análise e comparação dos dados entre as organizações, o que facilitava o aumento de greenwashing dentro das empresas.
Portanto, as IFRS S1 e IFRS S2 surgiram para solucionar esse cenário e estabelecer um padrão internacional confiável, capaz de fortalecer o mercado de capitais e apoiar decisões de investimento.
Leia também: O que considerar ao planejar o crescimento da empresa com investimentos?
Requisitos e diretrizes das normas IFRS S1 e IFRS S2
A IFRS S1 determina que as empresas divulguem informações materiais relacionadas à sustentabilidade, integrando esses dados aos relatórios financeiros. Ou seja, não se trata de um relatório isolado, mas de um conteúdo complementar às demonstrações financeirass.
Para atender a IFRS S1, as empresas devem divulgar dados como:
- Processos de governança adotados para gerir riscos e oportunidades.
- Estratégias de gerenciamento de riscos e oportunidades.
- Processos utilizados para analisar, avaliar, priorizar e monitorar riscos e oportunidades.
- Desempenho da empresa diante desses fatores.
A IFRS S2 segue a mesma estrutura, porém com foco específico no clima. Assim, a empresa deve apresentar informações sobre riscos e oportunidades climáticas vinculadas à sua estratégia, operações e projeções.
Dessa forma, as normas reforçam a necessidade de processos internos robustos, dados consistentes e integração entre áreas financeiras, de sustentabilidade e governança.
Os impactos das IFRS S1 e IFRS S2 no Brasil
A adoção das normas representa uma mudança estratégica para empresas de diferentes segmentos no Brasil. Isso porque fortalecem a governança corporativa, aumentam a credibilidade no mercado e ampliam a confiança de investidores e stakeholders.
Como o Brasil está cada vez mais conectado ao ecossistema internacional de investidores, que já exige informações ESG detalhadas, estar alinhado às IFRS S1 e IFRS S2 se torna não apenas uma questão regulatória, mas também um diferencial competitivo.
Leia também: O que as métricas ESG têm a ver com o orçamento empresarial?
Quem precisa adotar as normas IFRS S1 e IFRS S2?
A partir de 1º de janeiro de 2026, a adoção das normas será obrigatória para companhias abertas. Contudo, mesmo organizações de médio porte devem considerar a adequação, já que a pressão de investidores, consumidores e parceiros tende a aumentar.
Prazos e exigências para as empresas brasileiras
As companhias abertas que ainda não adotaram voluntariamente as normas IFRS S1 e IFRS S2 precisam iniciar seus processos de adaptação, que inclui:
- Revisão da governança corporativa para incluir questões climáticas.
- Investimento em tecnologia e sistemas de mensuração de dados ESG.
- Treinamento de equipes financeiras e de sustentabilidade para atender aos novos padrões.
- Criação de políticas internas que integrem riscos climáticos à estratégia do negócio.
Como vimos, a obrigatoriedade começa em 2026. Assim, os primeiros relatórios completos baseados nas normas serão divulgados em 2027.
A tecnologia como aliada: como as soluções AllStrategy podem ajudar sua empresa nesse processo
Como apoio à adequação às normas IFRS S1 e IFRS S2, plataformas como o AllStrategy Plano e o AllStrategy Fluxo fortalecem a governança, a rastreabilidade e a confiabilidade dos dados financeiros.
O AllStrategy Plano contribui ao centralizar premissas, cenários e análises de riscos, permitindo que as áreas financeiras e de controladoria integrem informações estratégicas com consistência.
Por outro lado, o AllStrategy Fluxo reforça a precisão dos dados de tesouraria, oferecendo integração bancária, conciliação automática e relatórios auditáveis, fundamentais para a transparência exigida pelas novas normas.
Assim, as empresas ganham mais segurança e eficiência para atender aos requisitos de sustentabilidade, clima e governança definidos pelo ISSB.