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Precificação de produtos: passo a passo de como fazer

foto aproximada de um empresario trabalhando em casa e fazendo calculos em um celular, em frente à uma mesa com teclado.

precificação de produtos é uma das decisões mais importantes para garantir lucro, competitividade e crescimento sustentável. 

Portanto, mais do que definir um número, a precificação exige analisar custos, margem, mercado, perfil do cliente e a estratégia do negócio. Quando esse processo falha, a empresa perde rentabilidade, toma decisões às cegas e compromete seu caixa. 

Neste guia completo, você vai entender o que é precificação de produtos, os erros mais comuns que afetam o resultado e como calcular preços de forma prática. Além disso, verá por que a tecnologia se tornou essencial para garantir precisão e velocidade nesse processo. Continue a leitura! 

Índice – Neste artigo, você confere: 

  1. O que é precificação de produtos? 
  1. A importância estratégica da precificação de produtos correta 
  1. Preço e valor: qual a diferença? 
  1. Os 10 erros mais comuns na precificação de produtos 
  1. Passo a passo prático para precificar produtos 
  1. Os benefícios de aplicar a tecnologia na precificação de produtos 

O que é precificação de produtos? 

Precificação de produtos, ou pricingé o processo de definir o preço de venda de um item com base nos custos do negócio, na margem de lucro desejada e nas condições do mercado. 

O processo não se trata apenas de seguir tendências ou copiar a concorrência, mas sim de calcular um valor que cubra despesas, gere lucro e seja percebido como justo pelo consumidor. 

Mais do que um número na etiqueta, o preço é uma ferramenta estratégica: influencia a competitividade, o posicionamento da marca e a capacidade da empresa de se manter lucrativa. 

Portanto, quando bem definido, o preço de venda ajuda a atrair clientes, planejar campanhas com segurança e garantir a sustentabilidade da operação. 

A importância estratégica da precificação de produtos correta 

Precificar produtos é importante pois é um dos pilares que sustentam o crescimento de qualquer negócio. Definir o preço certo não significa apenas escolher um valor, mas considerar custos, objetivos da marca, concorrência e como o cliente percebe seu produto. 

Uma boa estratégia de precificação evita decisões por instinto e traz mais previsibilidade. Dessa forma, ela ajuda a encontrar o ponto ideal entre competitividade e lucratividade e garante que a empresa cubra seus custos e mantenha um caixa saudável. 

Além disso, permite que descontos e promoções sejam aplicados sem comprometer o resultado. 

Portanto, precificar bem é fundamental para garantir equilíbrio, fortalecer a marca e dar estabilidade ao crescimento da empresa. 

Preço e valor: qual a diferença? 

Um aspecto essencial no processo de precificação é diferenciar preço de valor

  • Preço é o número cobrado. 
  • Valor é o que o cliente percebe: qualidade, benefícios, experiência e confiança. 

Quando preço e valor estão alinhados, a empresa atrai o público certo e reforça seu posicionamento. Quando não estão, o resultado pode ser perda de clientes, margens reduzidas e risco financeiro. 

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Os 10 erros mais comuns na precificação de produtos 

Definir preços de forma estratégica é essencial para manter a lucratividade e a competitividade do negócio. Portanto, quando a precificação é feita de maneira incorreta, o resultado pode ser margens comprometidas, perda de clientes e até dificuldades de caixa. 

A seguir, você confere os 10 erros que mais levam empresas a perder oportunidades de lucro e como evitá-los: 

1. Ignorar os custos reais da operação 

Um dos equívocos mais frequentes é formar preços sem considerar todos os custos envolvidos na operação. Por isso, despesas fixas, custos variáveis, impostos e comissões precisam fazer parte do cálculo. 

Quando esses elementos ficam de fora, o preço pode até atrair clientes, mas não sustenta o negócio. 

2. Não alinhar o preço à estratégia do negócio 

O preço precisa refletir a forma como a marca quer se posicionar. Uma estratégia baseada em diferenciação exige políticas de preço distintas de um negócio focado em volume ou liderança de custos. 

Portanto, sem clareza estratégica, o preço tende a ser incoerente com os objetivos da empresa. 

3. Desconhecer o perfil do cliente 

Além disso, precificar sem conhecer o cliente é um tiro no escuro. Saber o que ele valoriza, quanto está disposto a pagar e quais fatores influenciam sua decisão permite ajustar o preço de forma mais assertiva. 

Pesquisas, análise de comportamento e definição de personas são ferramentas indispensáveis. 

4. Subestimar o valor entregue 

Preço e valor percebido estão diretamente conectados. Quando a empresa não reconhece os diferenciais que oferece, seja atendimento, qualidade, marca ou experiência, tende a cobrar menos do que poderia. Isso gera perda de margem e posicionamento fraco no mercado. 

5. Não acompanhar o ticket médio

O ticket médio mostra se o cliente está gastando mais, menos ou exatamente o esperado. 

Por isso, ignorar esse indicador faz com que a empresa não perceba mudanças no comportamento de compra e não ajuste sua estratégia de preços a tempo. 

6. Não analisar a concorrência 

Observar o mercado não significa copiar preços, mas entender o cenário competitivo. 

Deixar de analisar concorrentes impede que a empresa saiba se está cara demais, barata demais ou mal posicionada em relação ao setor. 

7. Desconsiderar CAC e LTV 

Quando o custo de aquisição de clientes é maior do que o retorno gerado ao longo da jornada, a precificação se torna insustentável. 

O equilíbrio entre CAC e LTV é essencial para manter o negócio saudável e prever níveis de lucro compatíveis com o investimento comercial. 

8. Limitar as possibilidades de receita 

Modelos modernos de cobrança, como vendas por uso, planos escaláveis, módulos adicionais ou usuários extras, ampliam o potencial de faturamento. 

Empresas que trabalham com apenas uma forma de preço podem estar deixando dinheiro na mesa. 

9. Criar ofertas complexas demais 

Planos excessivamente detalhados, regras difíceis de entender ou cenários de cobrança confusos afastam o cliente. 

Quanto mais clara e compreensível a proposta, maior a taxa de conversão e a percepção de valor. 

10. Tomar decisões sem dados e tecnologia 

Por fim, ajustar preços “no feeling” aumenta o risco de erros. Ferramentas de gestão ajudam a monitorar métricas, entender a elasticidade de preço, projetar cenários e revisar estratégias com mais segurança. 

Portanto, sem dados, o negócio fica vulnerável a decisões imprecisas. 

Passo a passos prático para precificar produtos 

Precificar corretamente combina números e estratégia: é preciso cobrir custos, respeitar margem e ajustar ao mercado e ao cliente. Quer saber como fazer isso da forma correta? Então confira as dicas a seguir:

1. Calcule o custo por unidade 

Primeiro, liste tudo que impacta o custo de cada unidade: matéria-prima, embalagem, frete, mão de obra direta e custos de produção.  

  • Se há revenda, considere o preço de compra por unidade. 
  • Para serviços, transforme tempo em custo (horas × custo hora). Esse é o valor base para qualquer preço. 

2. Levante despesas fixas e variáveis incluindo impostos 

Em seguida, separe as despesas: 

  • Fixas: aluguel, salários, internet. 
  • Variáveis: comissões, taxas de cartão, impostos incidentes por venda. 

Os custos fixos podem ser rateados por produto (ex.: custo fixo total ÷ volume estimado de vendas) ou tratados como percentual médio sobre o preço. O importante é garantir que eles sejam considerados na formação do preço. 

3. Escolha um método e calcule o markup (método custo + margem) 

Um método simples e eficiente é aplicar markup, que transforma custos em preço final com margem desejada. Use percentuais de: 

  • CV = soma dos percentuais de custos variáveis e tributos (% sobre o preço) 
  • CF = porcentagem equivalente dos custos fixos sobre o preço 
  • LP = margem de lucro desejada (%) 

Fórmula do markup: 
Markup = 100 ÷ [100 − (CV + CF + LP)] 

Faça o cálculo produto a produto; cada item tende a ter custos e impostos diferentes. 

4. Experimente e valide com testes 

Além disso, teste variações de margem em janelas iguais (ex.: 30 dias) e compare receita: 

Receita = Preço × Unidades vendidas

Vale lembrar que nem sempre o preço mais alto gera maior receita. Por isso, use testes A/B, promoções controladas e elasticidade de preço para identificar o ponto ideal entre volume e margem. 

5. Monitore indicadores e ajuste continuamente 

Por fim, acompanhe métricas que impactam precificação: 

  • Ticket médio. 
  • CAC (Custo de Aquisição de Cliente). 
  • LTV (Lifetime Value). 
  • Margem bruta. 
  • Elasticidade de preço. 

Se o CAC subir, reveja preços ou oferta. Se o LTV estiver muito superior ao CAC, há espaço para capturar mais valor. Atualize preços sempre que houver mudanças em custos, impostos ou posicionamento estratégico. 

Os benefícios de aplicar a tecnologia na precificação de produtos 

Aplicar tecnologia na precificação não é apenas uma tendência, é uma necessidade para empresas que desejam manter competitividade, precisão e agilidade nas decisões comerciais. 

Dessa forma, ferramentas modernas permitem integrar dados, automatizar cálculos e garantir análises confiáveis, reduzindo erros que afetam diretamente a margem e o posicionamento da empresa no mercado. 

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Conheça a AllStrategy e como ela contribui para uma precificação de produtos mais estratégica 

AllStrategy conta com soluções que podem te ajudar no processo de precificação: O AllStrategy Plano e AllStrategy Fluxo

O AllStrategy Plano torna o processo mais preciso ao centralizar custos, premissas e metas financeiras. 

Na prática, isso permite calcular preços considerando todos os custos envolvidos. Além disso, ele possibilita testar cenários e visualizar o impacto de cada ajuste na margem e no resultado. 

Por outro lado, o AllStrategy Fluxo complementa o processo ao mostrar a realidade do caixa no dia a dia. 

Com conciliações automáticas, integração bancária e previsões de entradas e saídas, a empresa entende se o preço definido é financeiramente viável, se cobre necessidades de capital e se sustenta os prazos praticados nas vendas. 

Quando utilizados em conjunto, ambos os softwares conectam orçamento, operação e caixa. 

Dessa forma, as gestões passam a precificar com base em dados completos, custo, margem desejada e capacidade financeira, resultando em decisões mais rápidas, seguras e alinhadas aos objetivos do negócio. 

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