Os impactos da Reforma Tributária representam um marco para o sistema fiscal brasileiro, com o objetivo central de simplificar tributos e tornar o ambiente de negócios mais transparente e eficiente. No entanto, o período de transição e as mudanças estruturais trazem dúvidas e desafios para as empresas, especialmente nas áreas fiscal, contábil e financeira.
Durante o webinar “Reforma Tributária: como transformar incertezas em previsibilidade financeira”, produzido pela AllStrategy, os especialistas da área jurídica, tributária e de gestão financeira Henrique Roth Isfer, Arthur Golombieski Ferreira e Neiva Weigert, discutiram os impactos da reforma tributária e como as organizações podem transformar incertezas em previsibilidade, apoiando-se em planejamento e tecnologia.
A seguir, você confere um resumo da conversa com os especialistas e os maiores impactos da Reforma Tributária para o cenário empresarial.
Desafios jurídicos e tributários da Reforma Tributária
A Reforma Tributária representa uma das maiores transformações fiscais das últimas décadas. Do ponto de vista jurídico, o principal impacto está na complexidade das novas regras e na coexistência entre sistemas tributários durante o período de transição.
Já sob a ótica tributária, destaca-se a necessidade de reestruturar processos internos para acompanhar o novo modelo de cobrança, apuração e creditamento, além da adequação dos sistemas de gestão fiscal.
Portanto, a transição exigirá que as empresas estejam atentas às normas complementares que ainda serão regulamentadas, pois serão elas que definirão o funcionamento efetivo da reforma.
Aumento de impostos e período de transição
O período de transição, que começará em 2026, trará um cenário de dupla tributação temporária, com a coexistência dos impostos atuais e dos novos (IBS e CBS).
Durante essa fase, pode haver aumento de carga tributária para determinados setores, especialmente aqueles que não se beneficiam do creditamento amplo.
Além disso, os especialistas reforçam a importância de acompanhar as alíquotas efetivas, revisar margens e ajustar os preços de venda para mitigar os efeitos desse período de sobreposição de tributos.
A importância de “comprar bem”
Um dos pontos centrais da Reforma Tributária é o aproveitamento de créditos de impostos sobre praticamente todas as compras realizadas. Esse mecanismo tornará o processo de “comprar bem” um diferencial competitivo.
Contudo, o aproveitamento dos créditos dependerá do recolhimento correto dos tributos pelos fornecedores, o que exige maior controle sobre a cadeia de suprimentos e integração de informações entre contabilidade, fiscal e compras.
Essa mudança tem como impacto a redução de sonegação, mas trará novos desafios de acompanhamento, auditoria e conciliação de créditos.
Crédito de impostos e combate à sonegação
O novo modelo cria rastreabilidade, tornando o controle de créditos praticamente automatizado.
Isso reduz brechas para evasão fiscal, mas exige gestão financeira rigorosa, já que empresas precisarão acompanhar o comportamento tributário de seus fornecedores e ajustar seus controles internos.
Impactos sobre empresas do Simples Nacional
Como as empresas optantes pelo Simples Nacional recolhem menos PIS e Cofins, tenderão a gerar menor volume de créditos dentro da cadeia. Isso pode reduzir a competitividade frente a empresas que operam fora do regime simplificado.
Porém, os especialistas alertaram que algumas organizações podem considerar a migração do regime tributário caso percebam desvantagens operacionais ou perda de atratividade comercial. Contudo, essa decisão deve ser cuidadosamente simulada sob diferentes cenários fiscais e financeiros.
Leia também: Planejamento Tributário Empresarial: Tipos e Passo a Passo
Setores mais impactados e beneficiados pela Reforma Tributária
Setores com baixo volume de insumos tributáveis, como tecnologia, serviços e software, sentirão maior impacto devido à menor geração de créditos fiscais.
Indústrias e segmentos com cadeias longas de fornecimento se beneficiarão mais, acumulando créditos em cada etapa do processo produtivo. Isso reforça a importância de analisar custos operacionais e simular diferentes cenários de precificação.
Atualização do planejamento orçamentário
A Reforma terá impacto nas projeções de custos, receitas e margens, exigindo revisões frequentes dos orçamentos corporativos.
A recomendação dos especialistas é que as empresas adotem modelos de orçamento flexíveis, apoiados por plataformas que permitam simulações rápidas conforme as novas regras entrem em vigor.
Split Payment e o impacto sobre o fluxo de caixa
Previsto para 2027, o Split Payment (pagamento fracionado) promete alterar significativamente a dinâmica do fluxo de caixa das empresas.
Com o novo modelo, o valor dos tributos será diretamente direcionado ao fisco no momento da transação, impedindo que as empresas utilizem temporariamente esse montante como capital de giro.
Essa mudança exigirá maior rigor na gestão de liquidez e reservas financeiras, especialmente em negócios que dependem de caixa de curto prazo para operar.
As empresas deverão buscar automação e controle contínuo do fluxo de caixa, para garantir sustentabilidade financeira mesmo com a redução dessa flexibilidade.
Da incerteza à previsibilidade com a AllStrategy
A Reforma Tributária traz diversos impactos e impõe novos desafios à gestão financeira, mas também abre oportunidades para empresas que investirem em planejamento e tecnologia.
Ter controle integrado entre orçamentos, fluxo de caixa e dados fiscais será o diferencial competitivo para a nova realidade tributária.
As soluções AllStrategy Plano e AllStrategy Fluxo foram projetadas exatamente para esse cenário:
- AllStrategy Plano: oferece planejamento orçamentário dinâmico, com simulações e revisões automáticas conforme novas regras fiscais e cenários de mercado.
- AllStrategy Fluxo: permite gestão de tesouraria e fluxo de caixa em tempo real, com conciliação bancária automatizada, previsões de liquidez e auditoria de movimentações.
Unindo controladoria e tesouraria, a AllStrategy transforma incertezas tributárias em previsibilidade financeira, garantindo controle, integração e eficiência durante toda a transição da Reforma.
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